Bianca Fraccalvieri – Vatican News
A primeira oração do Papa aos doentes de coronavírus foi no dia 26 de janeiro. No Angelus daquela ocasião, o Pontífice se dirigiu a toda comunidade chinesa:
“Desejo também estar próximo e rezar pelas pessoas doentes por causa do vírus que se difundiu na China. Que o Senhor acolha os mortos na sua paz, conforte as famílias e sustente o grande empenho da comunidade chinesa, já organizada para combater a epidemia.”
Até aquele momento, o problema estava circunscrito ao país asiático e havia provocado 56 vítimas. Hoje, os mortos são mais de 13 mil em todo o mundo.
Com a difusão do vírus, multiplicaram-se as iniciativas de oração do Papa Francisco: da transmissão ao vivo da missa na Casa Santa Marta, ao gesto de rezar diante de ícones de devoção do povo romano e a adesão a várias iniciativas locais.
Agora, o Pontífice pede a união de todos os cristãos de todo o mundo para rezarem juntos, quarta-feira (25 de março, festa da Anunciação do Senhor), a oração do Pai-Nosso ao meio-dia (08h em Brasília).
Ainda esta semana, será significativa a imagem de Francisco no patamar da Basílica de São Pedro num cenário quase surreal: com a Praça deserta.
“Ouviremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual ao término darei a Bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), à qual será unida a possibilidade de receber a Indulgência plenária.”
Este evento está marcado para sexta-feira, 27 de março, às 18h locais (14h em Brasília). Será possível acompanhar através do nosso site e de nossas redes sociais e não esqueça da hashtag #RezemosJuntos.
Numa homilia de 12 de janeiro de 2018, o Pontífice recordou que, para rezar de verdade, o cristão precisa de “coragem” porque, fortalecido na sua fé, deve chegar até a desafiar o Senhor, encontrando sempre o modo de superar as inevitáveis “dificuldades” sem duvidar.
“A oração cristã — reiterou Francisco — nasce da fé em Jesus e com a fé vai sempre além das dificuldades.” “O Senhor nos disse: ‘Pedi e ser-vos-á dado’. Tomemos também esta palavra e tenhamos confiança, mas sempre com fé e pondo-nos em jogo.” Precisamente “esta é a coragem que tem a oração cristã: se uma oração não for corajosa não será cristã”.
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