A partir de hoje, 15, até o dia 26 de fevereiro, data de lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2020, a assessoria de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai divulgar uma série de matérias sobre os projetos que receberam o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) em 2019. O Projeto “Acessibilidade por rodas”, apresentado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Guaraniaçu, do Paraná, é um deles. À época, a Campanha da Fraternidade vigente tinha como tema “Fraternidade e Políticas Públicas”.
O Fundo tem o objetivo de promover a sustentação da Ação Social da Igreja Católica no Brasil, e o projeto “Acessibilidade por rodas” quando avaliado se encaixou no eixo 2 do edital, que diz respeito à mobilização para a conquista e efetivação de direitos.
Quando inscrita, a ideia da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Guaraniaçu, do Paraná, era adquirir duas cadeiras de rodas sob medida, para beneficiar duas alunas da instituição “Escola Elecine Correia” que são atendidas desde a infância. Dar qualidade de vida e também proporcionar que as alunas frequentassem, de maneira adequada, os atendimentos que recebem na instituição era uma das prioridades do projeto.
Aprovado pelo Fundo, o projeto fez com que as alunas Jéssica de Oliveira Eugênio, de 18 anos, e Simone de Campos, de 23 anos, convivessem melhor na comunidade onde estão inseridas, além de promover o acesso aos direitos básicos como saúde, educação e lazer, e a inclusão social.
Jéssica é atendida desde os quatro meses de idade pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), tem diagnóstico de Deficiência Intelectual, associada à Deficiência Física (devido à Paralisia Cerebral), apresentando Distonia Congenita Generalizada ligada ao Gen Dyti (Distonia Idiopática), com movimentos involuntários descoordenados dos membros superiores e inferiores. Atualmente, faz acompanhamento em hospitais de Curitiba, na busca de inibir os movimentos involuntários, bem como para corrigir uma escoliose grave adquirida com o passar do tempo e agravo do quadro neuromotor.
Sua cadeira de rodas foi comprada em 2015 pela APAE, com recursos de promoção feitos para essa finalidade. Já não era mais adequada ao tamanho e sua condição clínica. Com o recurso do projeto foi possível adquirir uma nova.
Já Simone é atendida pela APAE desde outubro de 1997, foi diagnosticada com paralisia cerebral, do tipo tetraparesia espástica, deficiência intelectual grave, associada à epilepsia. Atualmente necessita de atendimentos terapêuticos contínuos por conta da debilidade motora; vem apresentando atrofia de membros e desenvolvimento de padrões inadequados devido à evolução do quadro motor.
Para atender sua especificidade/necessidade foi comprada uma cadeira de modelo leito, adequada às medidas possibilitando maior conforto e qualidade de vida durante a aprendizagem e para outros momentos de sua vida social.
A diretora pedagógica responsável pelo projeto, Maricleia Gemelli Chaves, afirmou que a iniciativa foi toda pensada com a proposta de melhorar a qualidade de vida das duas alunas. “A população de Guaraniaçu, nossos atendidos, é na maioria carente em questões financeiras e culturais, então é mais difícil de conseguirmos que eles tenham uma melhor qualidade de vida e o acesso às politicas públicas”, contou.
De acordo com a diretora, a ajuda do Fundo Nacional de Solidariedade foi determinante para isso. “Para nós é muito importante poder contar com a dedicação das pessoas que trabalham no Fundo, para que a iniciativa possa cada vez mais contemplar mais pessoas e atingir o que é essencial, sempre de acordo com a Campanha da Fraternidade, que nos leva a refletir sobre as necessidades emergentes da sociedade”, finalizou.
Fonte: Acidigital