No próximo domingo, 1º de setembro, a Igreja no mundo celebra o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação. A data é comemorada desde 1970 pela Igreja Ortodoxa com o objetivo de agradecer o dom da criação. Em carta, de 6 de agosto de 1995, o papa Francisco expressou desejo de, também, instituir o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, em 1º de setembro, assim como celebrado pelos ortodoxos. Para Francisco, a data favorecerá o testemunho e comunhão com os ortodoxos e o patriarca ecumênico Bartolomeu I.
“Como cristãos, queremos oferecer a nossa contribuição para a superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo. Por isso devemos, antes de tudo, buscar no nosso rico patrimônio espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação, lembrando sempre que para aqueles que creem em Jesus Cristo, Verbo de Deus que se fez homem por nós…”, disse o papa na carta que instituiu a data.
Dia de Compromisso – O bispo de Roraima e segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Mário Antônio da Silva reforça que Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação é um dia de compromisso. Para ele, rezar não é apenas falar, é dialogar e comprometer-se com a vida. “Deus criador nos criou para sermos capazes de cuidar, defender e nos comprometer em defesa da vida”, disse.
O segundo vice-presidente da CNBB reforçou que merece mais destaque as ações voltadas para a vida mais ameaçada, a vida de todo planeta, começando pela vida humana e de todas as formas de criação. “Defendamos a vida esta é a vontade do criador, que seja também a vontade de todos os seres viventes”, disse.
Segundo o bispo, à luz da encíclica Laudato Sí, o cuidado com a criação consiste em proteger a vida. “O papa Francisco nos convida na Laudato Sí a uma conversão ecológica e a, de fato, uma vivência da ecologia integral que consiste no cuidado com o todo da vida de maneira prioritária, com a vida humana”, reforçou. Cuidar da criação, defende dom Mário, é cuidar da vida humana, da vida de todas as criaturas, para que todos tenham vida em abundância.
Fonte: CNBB