Uma ideia simples com grande potencial de transformação de vida dos participantes e impacto no meio ambiente define o projeto “Resgatando Vidas, Fazendo Artes” que o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) gerido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apoiou com recursos arrecadados com a Campanha da Fraternidade (CF) 2019 na coleta do Domingo de Ramos. No ano passado, o tema da CF foi “Fraternidade e Políticas Públicas”.
O objetivo do projeto, que atingiu 22 pessoas (13 mulheres, 6 adolescentes, 2 jovens e um homem), foi desenvolver ações de formação e capacitação para superação da vulnerabilidade econômica a partir da reciclagem de peças de vestuário.
Segundo Luiza Helena Rossi Desani, coordenadora do projeto, também foram desenvolvidas ações de conscientização da preservação do meio ambiente. “Focamos sempre na reutilização, reaproveitamento e na reciclagem de roupas já usadas”, disse.
O projeto, realizado com ações semanais entre 2 de setembro a 19 de dezembro de 2019, foi desenvolvido pelo Educandário Sagrados Corações, em Barretos (SP) sob a supervisão de Maria Bernardete Meneghelo.
Os alunos customizaram as roupas de um brechó que o Educandário mantém como projeto de geração de renda. Segundo a coordenadora, as roupas foram reaproveitadas e reinventadas, agregando-se valor em seu preço de venda em benefício dos participantes do projeto.
Importante parceiro da iniciativa, o Sebrae foi responsável por conteúdos sobre empreendedorismo e novo mercado de trabalho e marketing pessoal. Nas oficinas, os participantes aprenderam diferentes técnicas de customização de roupas, noções básicas de costura manual e a máquina, técnicas de reaproveitamento de retalhos, como o popularmente como “fuxico” e confecção de bolsas de viagem.
Uma das participantes do projeto foi a Silvia Aparecida Arantes, de 47 anos. Uma das coisas que ela aprendeu foi que tudo tem o seu valor. “Eu aprendi a reutilizar todas as coisas que nós mesmos temos e transformar as roupas já usadas em uma coisa mais bonita e com novo valor”, disse.
No dia 27 de setembro, o projeto organizou um desfile para a comunidade, incluindo a participação de crianças, onde as peças produzidas foram apresentadas. Cada participante produziu cerca de 8 peças durante o projeto. O projeto colocou à disposição do grupo, um psicólogo e assistente social para fornecer orientações aos participantes.
Segundo a coordenação do projeto, foi alcançado 100% de aprendizado com as técnicas propostas e com os conteúdos sobre empreendedorismo. Outro aspecto que a coordenadora Luiza Helena destacou foi a saudável e enriquecedora convivência entre crianças e idosos.
Fonte: CNBB