Ipatinga, 30 de novembro de 2024

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Francisco: não se usa o nome de Deus para aterrorizar as pessoas


Em um tweet, o Papa fala sobre o Dia Internacional em Homenagem às Vítimas de Perseguição Religiosa, instituído pela ONU em 2019, e pede a “todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar o ódio, a violência, o extremismo e o fanatismo cego”.


Alessandro De Carolis – Vatican News


A hashtag #FraternidadeHumana acompanha o tweet de Francisco e a memória voa para a noite de Abu Dhabi em fevereiro de 2019, para uma assinatura e um aperto de mão que sancionam uma comunhão de pontos de vista e escrevem a seu respeito a primeira página.


A “Fraternidade Humana” é o valor que o Papa e o Grão Imame de Al-Azhar, Al-Tayyeb, oferecem como inspiração universal para aproximar e fazer compreender quem e aquilo que é considerado muito diferente, por credo e cultura, para poder fazê-lo. Uma forma sustentável porque essencialmente solidária.


Fraternidade que, se vivida, exclui a violência que transforma o sentimento religioso em um alvo. Como o são no mundo, somente entre os cristãos, pelo menos 300 milhões de pessoas.


A fé não deve ser instrumentalizada


Este é um tema muito caro ao Papa, que em seu tweet para o Dia da ONU dedicado a homenagear “as vítimas de atos de violência de religião ou crença”, repete com clareza usando as palavras do documento de Abu Dhabi: “Deus não precisa ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para aterrorizar as pessoas. Peço a todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego.”


“Em frente na fraternidade”


O conceito o Papa o havia expresso, entre outras coisas, em termos semelhantes em fevereiro passado, com a mensagem de vídeo enviada a Abu Dhabi um ano após a assinatura do “Documento sobre a Fraternidade Humana“.


Aquele, disse Francisco, foi “um grande acontecimento humanitário”, o sinal de esperança “por um futuro melhor para a humanidade, um futuro livre do ódio, do ressentimento, do extremismo e do terrorismo, no qual prevalecem os valores de paz, amor e fraternidade”.


O presente e o futuro, eram seus votos, são um tempo e um espaço para “todos os modelos virtuosos de homens e mulheres que personificam o amor neste mundo por meio de ações e sacrifícios feitos pelo bem dos outros, não importa quão diferentes sejam por religião ou por pertença étnica e cultural”.


“Peço a Deus Todo-Poderoso – concluiu Francisco – que abençoe todo esforço que beneficie o bem da humanidade e nos ajude a seguir em frente na fraternidade”.



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