Já são mais de 2 meses da Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil com o lema “É tempo de cuidar” e os números mostram a força da solidariedade no país: mais de mil toneladas de alimentos (1.158.041) e mais de 100 mil unidades de kits de higiene e limpeza (127.359) chegaram a mais de 260 mil pessoas. Os dados fazem parte do balanço divulgado hoje, dia 17 de junho, pelo Comitê Gestor da Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, que conta com o apoio conjunto da CNBB e da Cáritas Brasileira.
A campanha, que começou a receber doações em 12 de abril, tem procurado amenizar as consequências da pandemia nas comunidades mais vulneráveis. Entre os beneficiados, moradores em situação de rua, desempregados, carentes, além de migrantes e refugiados. Essas pessoas também estão recebendo outros materiais arrecadados, como mais de 60 mil unidades de roupas e calçados e mais de 60 mil unidades de equipamentos de proteção individual.
A ação solidária no Brasil foi divulgada no último boletim da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano. Desta vez, o serviço apresenta iniciativas de entidades católicas em todo o mundo mobilizadas em arrecadar fundos para ajudar a aliviar o sofrimento da vida dos migrantes, duramente atingidos pela situação de emergência e confinamento por causa da crise da Covid-19.
Outras boas práticas, além da brasileira, vêm das Caritas do Sudão do Sul, Mali, Níger e Ucrânia que pediram apoio financeiro para projetos de auxílio às pessoas deslocadas internamente e os refugiados. Na Malásia, as igrejas estão oferecendo ajuda e assistência às famílias de migrantes, que vivem de forma precária e são contratados por dia.
No Chile, o Instituto Católico de Migração lançou a campanha #NoMasDistanciamineto (Não mais Distanciamento) para apoiar os migrantes durante a crise, incentivando a tratar bem as pessoas e enfatizando a solidariedade enquanto se respeita o distanciamento social. Já as dioceses chilenas de Rancagua e São Bernardo lançaram a campanha chamada “Cinco Pães e Dois Peixes”.
O boletim desta semana também traz indicações sobre medidas preventivas para conter o vírus em diferentes países, sobretudo em áreas isoladas e rurais. Com a Escola da Paz nos campos de refugiados de Nyumanzi, em Uganda, pronta para reabrir, a Comunidade de Sant’Egídio, da Itália, visitou o local para oferecer aulas práticas sobre a prevenção e a luta contra a pandemia.
Outra questão retratada no boletim, com iniciativas desenvolvidas no mundo, é sobre o apoio a migrantes que estão em centros de detenção – muitas vezes superlotados e com alto risco de contágio do vírus. No Reino Unido, com o cancelamento das visitas presenciais, o acompanhamento por parte do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) acontece por telefone ou com doações. Vários atores católicos, porém, defendem a libertação dessas pessoas para protegê-las, favorecendo a unidade familiar sem comprometer a segurança pública.
O serviço online do Vaticano, que procura noticiar iniciativas desenvolvidas em todo o mundo, é oferecido em 5 línguas, além do português, em italiano, espanhol, inglês e francês. Até agora já são 9 boletins semanais que você pode ser acesso inclusive em pdf, através do site da Seção Migrantes e Refugiados.
Com informações do Vatican News e Cáritas Brasileira
Fonte: CNBB