Ipatinga, 24 de novembro de 2024

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Angelus: é na fraternidade que a vida é mais forte do que a morte


“Não há vida onde se tem a pretensão de pertencer somente a si mesmos e viver como ilhas: nessas atitudes prevalece a morte”, afirmou o Papa ao rezar com os fiéis e peregrinos a oração do Angelus neste domingo (10/11).



Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano


Depois desta peregrinação terrena, o que será da nossa vida? A este quesito existencial o Papa respondeu em sua alocução dominical, ao comentar o Evangelho do 32º Domingo do Tempo Comum.





De quem será esposa?


No trecho de Lucas (cfr Lc 20,27-38), Jesus oferece um ensinamento sobre a ressurreição dos mortos ao responder a uma pergunta insidiosa dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição.


A pergunta faz referência a um caso paradoxal: de quem será esposa, na ressurreição, uma mulher que teve sete maridos sucessivos, todos irmãos entre si, os quais um após o outro morreram?





Com esta resposta, explicou o Papa, antes de tudo Jesus convida os seus interlocutores – e também a nós – a pensar que esta dimensão terrena em que vivemos agora não é a única, mas existe outra, não mais sujeita à morte, em que se manifestará plenamente que somos filhos de Deus.





“ É de grande consolação e esperança ouvir esta palavra simples e clara de Jesus sobre a vida além da morte; é disto de que precisamos no nosso tempo, tão rico de conhecimento sobre o universo, mas tão pobre de sabedoria sobre a vida eterna. ”





O mistério da vida


Por trás da interrogação dos saduceus, prosseguiu Francisco, se esconde outra ainda mais profunda: depois desta peregrinação terrena, o que será da nossa vida?


Jesus responde que a vida pertence a Deus, o qual nos ama a ponto de unir o seu nome ao nosso: é “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’.Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” (vv. 37-38).





“ A vida subsiste onde há relação, comunhão, fraternidade; e é uma vida mais forte do que a morte quando é construída sobre relações verdadeiras e laços de fidelidade. ”





Do contrário, acrescentou o Papa, não há vida onde se tem a pretensão de pertencer somente a si mesmos e viver como ilhas: nessas atitudes prevalece a morte. “É o egoísmo. Eu vivo para mim mesmo: estou semeando morte no meu coração.”





“ Que a Virgem Maria nos ajude a viver todos os dias na perspectiva daquilo que afirmamos no Creio: ‘Creio na ressurreição da carne e na vida eterna’. ”



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