O coordenador de Life Runners Africa, leigo dominicano Sebastian Mahfood, denunciou que a agenda abortista está avançando no continente, o que representa um desafio para o movimento pró-vida, especialmente em vista da 25ª Conferência Internacional da ONU sobre População e Desenvolvimento (ICPD25), na qual será promovido o “acesso universal aos direitos de saúde sexual e reprodutiva”.
Fundado por Dr. Pat Castle em 2006, após um encontro com Padre Pio, o movimento Life Runners promove os direitos dos nascituros, mediante a organização de corridas de montanhas e maratonas para conscientizar contra o aborto. Seus membros usam uma camiseta com o texto “Remember the unborn” (Lembre os nascituros) “como testemunho público para comover corações e mentes para salvar vidas”.
Life Runners tem mais de 13 mil membros em mais de 2 mil cidades e 39 países, incluindo Eritreia, Gâmbia, Gana, Quênia, Libéria, Serra Leoa, Tanzânia e Uganda.
Em declarações a ACI África, uma agência do Grupo ACI, Dr. Mahfood disse em 31 de outubro que o movimento “enfrenta o grande desafio de uma indústria de aborto bem desenvolvida que se concentrou especificamente na África para garantir uma redução no crescimento da população”.
Nesse sentido, denunciou que os países desenvolvidos estão progredindo na agenda do aborto na África. Indicou que foi essa situação que inspirou a criação de Life Runners na África “como um esforço comunitário em grande escala para tomar uma posição contra a agenda do controle da população encabeçada pelas nações desenvolvidas do Ocidente”.
A organização chegou à Tanzânia em 2018 e conta com o apoio do Arcebispo de Tabora, Dom Paul Runangaza Ruzoka. Nesse local, o movimento apoia mulheres grávidas em perigo.
“Várias meninas e mulheres que estavam prestes a abortar receberam apoio moral e mudaram a ideia de matar seus bebês não nascidos, mostrando o amor de Deus neles”, indicou Kahama Emmanuel Peter, coordenador nacional de Life Runners na Tanzânia, a ACI África, em 1º de novembro.
Falando sobre a Cúpula da ICPD25 em Nairóbi (Quênia), financiada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Dr. Mahfood acredita que a convenção provavelmente terá êxito em seu esforço de “exportar de maneira colonialista o secularismo ocidental em detrimento do povo africano”.
Disse que as pessoas e entidades por trás da ICPD25 “terão sucesso porque trazem grandes doações de dinheiro em troca da inserção governamental de programas contrários à vida”. Esses presentes “são venenosos e devem ser rejeitados”, expressou.
Para criar consciência contra o aborto, Life Runners na África está planejando uma corrida de montanha na Arquidiocese de Tabora (Tanzânia), em julho de 2020, na qual a organização levará a mensagem de “Lembrar os nascituros” ao “teto da África, o monte Kilimanjaro, como testemunho público para impactar corações e mentes para salvar vidas”.
Fonte: Acidigital