“Os esforços das organizações da sociedade civil de inspiração religiosa devem ser apoiados, em particular a Caritas Líbano, que está presente em todo o país”, defende Aloysius John, secretário-geral da Caritas Internationalis. “É essencial que a comunidade internacional atue decisivamente para aliviar o sofrimento da população”, que “também enfrenta uma grave crise alimentar”.
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Um plano de emergência imediato para ajudar as vítimas das explosões que ocorreram na tarde de terça-feira, 4, em Beirute, Líbano, causadas, de acordo com fontes de segurança locais, por 2.750 toneladas de nitrato de amônio, armazenadas em um depósito portuário.
O plano de ajuda é lançado pela Caritas Internationalis que, em uma nota, expressa sua “solidariedade e proximidade com a Igreja, com o povo e com a Caritas libanesa”.
Aloysius John, secretário-geral do órgão, destaca que as explosões provocaram “ulteriores danos a um país que já estava de joelhos devido à crise econômica e política, à violência, à pandemia de Covid-19 e às consequências das sanções econômicas” impostas à Síria”.
Neste sentido, a exortação à comunidade internacional para “intervir com urgência e incondicionalmente com o objetivo de ajudar a população”. “Os esforços das organizações da sociedade civil de inspiração religiosa devem ser apoiados – reitera Aloysius – em particular a Caritas Líbano, que está presente em todo o país”. “É essencial – conclui ele – que a comunidade internacional atue decisivamente para aliviar o sofrimento da população”, que “também enfrenta uma grave crise alimentar”.
Na mesma linha a diretora da Caritas Líbano, Rita Rhayem, afirma que “é uma situação terrível e desastrosa, é a primeira vez que enfrentamos uma emergência dessa magnitude”. Mas mesmo neste contexto “apocalíptico”, não paramos e seguimos em frente para ajudar todas as pessoas necessitadas”.
A principal preocupação é que o número de mortos e os feridos – que já são respectivamente cem e quatro mil – possa crescer de hora em hora devido aos efeitos dos gases tóxicos liberados pelas explosões: “A Caritas Líbano está se preparando para essa eventualidade – diz a diretora – mas nossos centros de saúde não têm como lidar com essa eventualidade e as operações de resgate ficaram ainda mais difíceis pela falta de eletricidade”.
Apesar das dificuldades, a resposta dos voluntários da Caritas foi imediata, especialmente para receber os muitos feridos nos centros de assistência. “Desde as 18h de ontem, o país parou e estamos enfrentando um pesadelo – conclui o presidente da Caritas Líbano, padre Michel Abboud – não temos nada para ajudar a população. Beirute está arrasada e estamos completamente impressionados com a escala de eventos” .
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