Em sua alocução, comentou o episódio da vida de Pedro em que um anjo o libertou da prisão, salvando-o da morte, mas o mesmo não ocorreu em Roma e sua vida não foi poupada.
“O Senhor lhe concedeu muitas graças e o libertou do mal: faz assim também conosco. Ou melhor, com frequência vamos até Ele só nos momentos de necessidade, a pedir ajuda. Mas Deus vê mais longe e nos convida a ir além, a buscar não só os seus dons, mas Ele, o Senhor de todos os dons; a confirar-lhe não só os problemas, mas a vida.”
A maior graça, disse o Papa, é doar a vida, é fazer da vida um dom. E isso vale para todos, na família, no trabalho e para quem é consagrado. De modo especial, Francisco citou os idosos abandonados pela família, como se fossem “material descartável”. “Este é um drama do nosso tempo: a solidão dos idosos.”
São Pedro não se tornou heroi por ter sido libertado da prisão, mas por ter dado a vida aqui, transformando um lugar de execuções num lugar de esperança, que é a Basílica Vaticana.
O segredo da vida feliz é reconhecer Jesus como Deus vivo, “não como uma estátua”, porque não importa saber que Jesus foi grande na história e apreciar o que fez, mas importa saber qual lugar dou a Ele na minha vida, no meu coração.
É a este ponto que Jesus diz a Simão: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Foi chamado pedra não porque era confiável, pelo contrário, explicou Francisco, mas porque escolheu construir a vida sobre Jesus, não sobre suas capacidades.
O Papa então concluiu com algumas perguntas aos fiéis:
“E eu, como vivo a vida? Penso só nas necessidades do momento ou acredito que a minha verdadeira necessidade é Jesus, que faz de mim um dom? E como construo a vida, sobre as minhas capacidades ou sobre o Deus vivo? Que Nossa Senhora nos ajude a colocá-Lo na base de cada dia e interceda para que possamos fazer da nossa vida um dom.”
Fonte: Vatican News