Ipatinga, 25 de novembro de 2024

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O Papa: na festa do Batismo de Jesus redescobrimos nosso Batismo


Na festa do Batismo de Jesus redescobrimos o nosso Batismo. Como Jesus é o Filho amado do Pai, também nós renascido da água e do Espírito Santo sabemos ser filhos amados, objeto da complacência de Deus, irmãos de tantos outros irmãos, investidos de uma grande missão para testemunhar e anunciar a todos os homens o amor sem limites do Pai”: disse o Papa no Angelus este domingo (12/01), festa do Batismo do Senhor



Raimundo de Lima – Cidade do Vaticano


“Maria Santíssima nos ajude a compreender sempre mais o dom do Batismo e a vivê-lo com coerência nas situações de todos os dias”: foi o pedido do Papa à Virgem Santa, na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, ao meio-dia deste domingo (12/01), com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.


“Mais uma vez tive a alegria de batizar algumas crianças, na festa de hoje do Batismo do Senhor. Rezemos por elas e por suas famílias”, disse Francisco. Efetivamente, pouco antes, o Santo Padre tinha acabado de presidir à santa missa na Festa do Batismo do Senhor, celebrada na Capela Sistina, com o rito do Batismo das crianças: ao todo, foram 32 crianças batizadas, 15 meninas e 17 meninos.


Deus é Santo, seus caminhos não são os nossos


O Pontífice ressaltou que a liturgia deste ano nos propõe o evento do batismo de Jesus narrado pelo Evangelho segundo São Mateus (3,13-17). O evangelista descreve o diálogo entre Jesus, que pede o batismo, e João Batista, que quer negar-se a fazê-lo e observa: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”


O Santo Padre observou que esta decisão de Jesus surpreende o Batista: “de fato, o Messias não precisa ser purificado; é Ele, ao invés, que purifica. Mas Deus é o Santo, seus caminhos não são os nossos, e Jesus é o Caminho de Deus, um caminho imprevisível”, ressaltou.


Jesus veio superar a distância entre o homem e Deus


João havia declarado que entre ele e Jesus existia uma distância abissal, insuperável. “Eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias” (Mt 3,11), dissera. “Mas o Filho de Deus – continuou o Papa – veio justamente para superar a distância entre o homem e Deus. Se Jesus é totalmente da parte de Deus, é também totalmente da parte do homem, e reúne aquilo que estava dividido”.


Por isso, explicou Francisco, Jesus replica a João: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”.





“O Messias pede para ser batizado, a fim de que se cumpra toda justiça, isto é, se realize o desígnio do Pai que passa pelo caminho da obediência filial e da solidariedade com o homem frágil e pecador. É o caminho da humildade e da plena proximidade de Deus a seus filhos.”


O Pontífice observou que também o profeta Isaias anuncia a justiça do Servo de Deus, que realiza a sua missão no mundo com um estilo contrário ao espírito mundano: “Ele não clamará, não levantará a voz, não fará ouvir a sua voz nas ruas, não quebrará a cana rachada, não apagará a mecha bruxuleante” (42,2-3). Em seguida, o Pontífice acrescentou:





“É a atitude da mansidão, da simplicidade, do respeito, da moderação e do não fazer alarde, que se requer também hoje aos discípulos do Senhor. Na ação missionária a comunidade cristã é chamada a ir ao encontro dos outros sempre propondo e não impondo, dando testemunho, partilhando a vida concreta das pessoas.”





Testemunhar e anunciar o amor sem limites de Deus



Assim que Jesus foi batizado no rio Jordão, os céus se abriram e desceu sobre Ele o Espírito Santo como uma pomba, enquanto do alto ressoou uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem coloquei a minha complacência”, frisou o Papa citando a passagem de Mt 3,17.


“Na festa do Batismo de Jesus redescobrimos o nosso Batismo. Como Jesus é o Filho amado do Pai, também nós renascido da água e do Espírito Santo sabemos ser filhos amados, objeto da complacência de Deus, irmãos de tantos outros irmãos, investidos de uma grande missão para testemunhar e anunciar a todos os homens o amor sem limites do Pai.”


Na saudação aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, após a oração mariana o Pontífice saudou, entre outros, os jovens do Movimento dos Focolarinos provenientes do Brasil, Colômbia, Paraguai e Coreia, vindos a Roma para um curso de formação há cem anos do nascimento da Serva de Deus Chiara Lubich.


Fonte: Vatican News




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