Ipatinga, 25 de novembro de 2024

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A vida é sacra, não ceder a formas de eutanásia: mensagem do Papa para o Dia do Enfermo


“Lembremo-nos de que a vida é sacra e pertence a Deus, sendo por conseguinte inviolável e indisponível. A vida há de ser acolhida, tutelada, respeitada e servida desde o seu início até à morte”, escreve o Papa.


Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano


“Vinde a Mim”: as palavras de Cristo dirigidas à humanidade aflita e sofredora inspiraram a Mensagem do Papa Francisco para Dia Mundial do Enfermo, divulgada esta sexta-feira (03/01)


A 28º edição será celebrada, como todos os anos, no dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes. O tema para 2020 foi extraído do Evangelho de Mateus 11, 28: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos”.





“No XXVIII Dia Mundial do Enfermo, Jesus dirige este convite aos doentes e oprimidos, aos pobres cientes de dependerem inteiramente de Deus para a cura de que necessitam sob o peso da provação que os atingiu. A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofrimento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericórdia oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio.”






Ao tratamento, acrescentar o amor


Jesus tem esses sentimentos, prossegue o Pontífice, porque Ele mesmo viveu em primeira pessoa o sofrimento humano e só quem passa por esta experiência poderá ser de conforto aos demais.


De fato, constata o Papa, nota-se por vezes falta de humanidade na relação com os doentes. Ao tratamento, deve-se somar a solicitude, ou seja, o amor, sem esquecer com o enfermo há uma família que também ela pede conforto e proximidade.





Nesta condição, reforça Francisco, a Igreja quer ser, cada vez mais e melhor, a «estalagem» do Bom Samaritano que é Cristo, isto é, a casa onde os enfermos podem encontrar a sua graça, que se expressa na familiaridade, no acolhimento, no alívio.


Não ceder a formas de eutanásia


A este ponto, o Papa fez uma menção aos profissionais da saúde, que colocam suas competências em prol do enfermo. E recorda que o substantivo “pessoa” deve vir antes do adjetivo “enfermo”.


Assim, a ação de médicos e enfermeiros têm que ter em vista “constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a atos de natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem mesmo se for irreversível o estado da doença”.


Quando os profissionais da saúde se deparam com os limites e o possível fracasso da medicina, são chamados a se abrir à dimensão transcendente, “que pode oferecer o sentido pleno da profissão”. E lamentou que em contextos de guerras e conflitos, os profissionais e as estruturas de saúde podem ser atacados como forma de represália política.


“Lembremo-nos de que a vida é sacra e pertence a Deus, sendo por conseguinte inviolável e indisponível. A vida há de ser acolhida, tutelada, respeitada e servida desde o seu início até à morte”, escreve o Papa. Trata-se de uma exigência não só que vem da fé em Deus, mas da própria razão.


E Francisco pede que a objeção de consciência se torne uma opção necessária para que os profissionais da saúde permaneçam coerentes com esta abertura à vida. Quando não se pode curar, pode-se sempre cuidar com gestos e procedimentos que proporcionem amparo e alívio ao doente.


Acesso negado à saúde


Por fim, o Papa reserva seu pensamento a tantos irmãos no mundo que não têm acesso aos cuidados médicos porque vivem na pobreza.





“Por isso, dirijo-me às instituições sanitárias e aos governos de todos os países do mundo, pedindo-lhes que não sobreponham o aspecto econômico ao da justiça social.”





Francisco conclui confiando todos as pessoas que carregam “o fardo da doença” à Virgem Maria, bem como suas famílias, todos os profissionais e voluntários.


Fonte: Vatican News






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