A Igreja celebra nesta segunda-feira, 3 de julho, a Festa do Apóstolo São Tomé. O convite da Liturgia para este dia é que sejam ressaltadas na celebração a fé em Jesus Ressuscitado e a esperança na ressurreição.
A figura de Tomé é marcada por duas posturas diante de Jesus. Primeiro, o apóstolo manifestou solidariedade na última viagem do Mestre a Jerusalém, quando disse “Vamos também nós, para morrermos com ele!” (Jo 11, 16). O outro momento, de destaque no período pascal, é a profissão de fé quando se vê diante do ressuscitado após a incredulidade (Jo, 24-29). Foi Tomé também que perguntou a Jesus sobre o caminho para o Pai, e obteve a resposta “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).
O martirológio jeronomiano do Século VI comemora a trasladação do corpo do apostólo Tomé para Edessa, Síria (atualmente Turquia) no dia 3 de junho. Ele foi martirizado na Índia.
As orações da liturgia desta segunda-feira também ressaltam a profissão de fé de São Tomé “no Cristo que ele conheceu como Senhor”. Após a comunhão, a oração pede que Deus conceda “que proclamemos o Cristo em nossa vida e nossas ações, reconhecendo nele nosso Deus e Senhor, como fez o Apóstolo São Tomé”.
Confira as biografias dos santos na Liturgia e todo o roteiro das celebrações no subsídio Igreja em Oração.
Em uma reflexão a partir do Evangelho que narra o episódio da incredulidade e da profissão de fé de São Tomé, o Papa Francisco ressaltou, em abril deste ano, que “fora da comunidade é difícil encontrar Jesus”. Ao contrário do sinal extraordinário pedido pelo Dídimo, Jesus mostra suas chagas diante da comunidade.
“Caros irmãos e irmãs, o convite feito a Tomé também é válido para nós. Onde procuramos o Ressuscitado? Em algum evento especial, em alguma manifestação religiosa espetacular ou marcante, unicamente nas nossas emoções e sensações? Ou na comunidade, na Igreja, aceitando o desafio de permanecer nela, mesmo que não seja perfeita?”, questiona o Papa.
Ele ensina que, “apesar de todos os seus limites e quedas, que são os nossos limites e quedas, a nossa Mãe Igreja é o Corpo de Cristo; e é ali, no Corpo de Cristo, que estão gravados, ainda e para sempre, os maiores sinais do seu amor”.
O convite do pontífice é refletir também se, em nome amor de Cristo marcado na Igreja, “em nome das chagas de Jesus, [se] estamos dispostos a abrir os braços aos feridos da vida, sem excluir ninguém da misericórdia de Deus, mas aceitando todos; cada um como irmão, como irmã. Deus acolhe a todos, Deus acolhe a todos!”